Rádio Nação Ruralista

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Setembro Azul 2012: Sumé dá ponta pé inicial para mobilização nacional de surdos

Foi iniciada na manhã desta terça-feira (4), em Sumé-PB, a programação do Setembro Azul 2012, evento de mobilização em defesa da comunidade surda que acontece em vários municípios no país durante o mês de setembro. As atividades foram iniciadas com um café da manhã no Núcleo de Extensão Cultural – NEXT do Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido da UFCG seguido de um ato público conjunto da comunidade surda de Sumé, lideranças surdas dos estados de Santa Catarina e do Rio de Janeiro e dos movimentos docente e estudantil da UFCG.
O ato público teve como pauta a defesa do direito dos surdos de serem bilíngues e de estudarem em escolas bilíngues, bem como, por uma universidade pública de qualidade.
A ação foi coordenada pela professora do CDSA e representante do Comando Local de Organização do Movimento Setembro Azul, Shirley Barbosa das Neves Porto.
A programação teve seguimento na parte da tarde com a realização da palestra “O PNE, a educação e a escola bilíngue para surdos”, no auditório da Secretaria de Educação de Sumé, proferida pelos professores Patrícia Luiza Ferreira Rezende (UFSC) e Alex Curione Barros (IFF), ambos surdos e líderes do movimento nacional em defesa da inclusão do direito a escolas bilíngues para surdos no Plano Nacional de Educação, o “Setembro Azul”.
O Movimento
O Setembro Azul é um movimento da comunidade surda em favor da educação e cultura surda. Tomou proporção nacional em março de 2011, quando se intensificaram as discussões sobre a radicalização do modelo de educação inclusiva adotado pelo MEC e mobilizações em defesa do Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES – instituição federal, localizada no Rio de Janeiro, criada oficialmente pelo Imperador Dom Pedro II em 26 de setembro de 1857, um verdadeiro Patrimônio Histórico e Cultural da Comunidade Surda Brasileira, ameaçado de fechar suas portas, porque a SECADI/MEC entende que os surdos não precisam de um modelo educacional que atenda realmente as suas condições linguísticas, identitárias e culturais específicas.
Com Ascom
BORGES NETO NACÃORURALISTA

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