Após inúmeros adiamentos, o futuro político da prefeita do
município de Ouro Velho, Natália Lira (PSD), poderá ser definido nesta terça-feira,
dia 04 de fevereiro, em audiência que ocorrerá no fórum eleitoral da Comarca de
Prata-PB.
A AIJE – Ação de Investigação Judicial Eleitoral
n⁰187-67.2012.0074, que trata de um suposto esquema de compras de votos onde os
beneficiários receberam poços artesianos em troca apoio político, protocolada
pela Coligação 100% Ouro Velho, está tramitando na Justiça Eleitoral desde
julho de 2012.
Entenda o caso:
No mês de julho de 2012, após denúncia formulada pela
Coligação 100% Ouro Velho, a Empresa Hidropoços, que estava perfurando poços no
município, teve seus equipamentos apreendidos sob a acusação de que estaria
cooptando eleitores em favor da atual prefeita Natália Lira.
A Empresa Hidropoços, que teve seus equipamentos apreendidos
pela Justiça Eleitoral por aproximadamente 15 dias, descumprindo proibição
imposta pelo Ministério Público Eleitoral de operar no município de Ouro Velho
durante o período eleitoral, perfurou cerca de oito poços.
Na AIJE foram denunciados como beneficiários com o esquema
de compra de votos os eleitores Paulo Sérgio de Sousa (Budú), JoséGilton de
Sousa, Gilvanei Soares de Sousa (José de Otávio), Maria do Socorro Meneses,
Antonio Cabral Sobrinho (Toinho Cabral) e Ailton Carlos do Nascimento.
De acordo com as informações colhidas no processo todos eram
eleitores dos outros três candidatos que disputaram o pleito eleitoral e
passaram a apoiar a candidata vitoriosa após terem poços artesianos perfurados
em suas propriedades rurais.
O que chama a atenção é o fato dos envolvidos no esquema de
corrupção eleitoral, além de terem recebido os poços em troca dos seus votos e
de seus familiares, receberam cargos ou contratos na administração municipal,
uma espécie de “cala a boca”.
De Olho No Cariri
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