O ex-prefeito de Serra Branca (PB), Zizo Mamede (do PT), foi
absolvido das acusações de Improbidade Administrativa pelo juízo da Vara Única
da Comarca de Serra Branca.
Na Ação Civil Pública contra Zizo, movida pelo Ministério
Público Estadual, a Promotoria baseou-se em acórdão do Tribunal de Contas do
Estado, que julgou irregulares as contas de gestão do ex-prefeito no exercício
de 2006, para acusá-lo de improbidade.
Contudo, a defesa do ex-prefeito, a cargo do advogado Newton
Vita, demonstrou que o próprio TCE-PB reformou a decisão posteriormente. Em
sede de recurso, os Conselheiros daquele Tribunal afastaram as irregularidades
de dano ao erário e ao patrimônio público, afirmando que restavam apenas falhas
contábeis ou técnicas, e julgaram as contas regulares ao fim.
“Deve-se ressaltar que a falha é de responsabilidade do
setor específico da contabilidade. Não pode o Gestor ser responsabilizado por
questões técnicas da administração contábil do Município, que não estavam sob
sua responsabilidade. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já definiu que é
preciso haver dolo, isto é, intenção de causar dano, para haver improbidade”,
comenta Newton Vita.
Na sentença publicada no Diário da Justiça de 22 de janeiro,
o juízo da Comarca de Serra Branca acolheu os argumentos da defesa e o parecer
do TCE-PB, absolvendo Zizo Mamede das acusações de improbidade e ressaltando
que não houve qualquer intenção do ex-prefeito de causar dano ao patrimônio
público do Município.
Zizo acusou vereadores de tentar prejudicar sua gestão.
"Os vereadores aprovaram uma lei orçamentária inflexível para engessar a
gestão e impedir o cumprimento dos índices de educação e saúde. Não aprovaram o
código tributário para estourar as contas e reprovaram minhas contas"
desabafou o ex-prefeito.
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