Rádio Nação Ruralista

sábado, 28 de janeiro de 2012

IN 62 prevê mudanças na padronização do leite

Os produtores do leite tipo B, extinto pela Instrução Normativa (IN) 62 publicada no final de dezembro de 2011, terão um prazo de dois anos para se adaptar e repensar suas estratégias de mercado. A decisão de estabelecer um prazo de adaptação foi tomada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento após reunião realizada em Brasília, no dia 17/01, com representantes do setor leiteiro.

A exclusão do leite B da redação da IN 62 foi motivada pela semelhança com os padrões exigidos para o leite cru refrigerado, tornando desnecessária a existência de dois tipos de leite tão parecidos no mercado. Como a retirada imediata do produto causaria um enorme prejuízo a um grupo significativo de produtores de São Paulo e Minas Gerais, a instrução foi repensada.

O texto da IN 62 também define os limites para Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT), que não podem ultrapassar 600 mil células somáticas por mililitro de leite (cs/ml) de CCS e 500 mil unidades formadoras de colônia por mililitro (ufc/ml) de leite. Em 2013, as exigências passam a valer para o Nordeste, que em 2016, deve baixar estes índices para 400 mil cs/ml e 100 ufc/ml.

Na opinião do presidente do Sistema FAEPA/SENAR-PB, Mário Borba, o cumprimento desta nova exigência pelos produtores da Paraíba é mais do que necessária. “A população não aceita mais produtos sem qualidade, sem referência e os produtores de leite da Paraíba tem dois anos para se adaptar às novas regras; produzir com foco na qualidade e atender a demanda destes consumidores que hoje tem um poder aquisitivo maior, mas também um grau de exigência elevado”, afirmou.

A IN 62 será um dos temas discutidos no II COOLEITE – Seminário de Cooperativismo e Bovinocultura de Leite da Paraíba, que acontecerá em julho de 2012, em local ainda a ser definido. O evento é uma realização do Sistema FAEPA/SENAR-PB e tem o objetivo de promover a atualização de conhecimentos técnicos dos profissionais atuantes na produção e beneficiamento do leite e disseminar os princípios e importância do cooperativismo para o desenvolvimento da pecuária leiteira no estado e no país.

Além do Cooleite, o SENAR-PB também oferece uma vasta relação de treinamentos na área da produção leiteira. “Nossa função como instituição de formação profissional é dar todo o apoio para que os produtores rurais do nosso estado produzam cada vez mais e com mais qualidade, garantindo renda para sua família”, afirmou o superintendente do SENAR-PB, Almiro de Sá Ferreira.
BORGES NETO NAÇÃORURALISTA

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